quinta-feira, julho 06, 2006

6 de Julho, 2006


PIMPF... derruba-se o silêncio!

Passos, lentos....ouço passos em direcção à porta do meu quarto. Ouço-os até que a porta cai e os passos entram:

- Chegas-te, finalmente... a nova vaga - digo para mim...

Fico estática, com o olhar pregado no tecto, suspenso como um candeeiro que pretende o parodoxo de ser iluminado.

Penso sobre o pensamento.
Curativo o acto de pensar.
A cicatriz: uma frase ambígua, uma vida ambígua como todas as vividas no campo semântico da história universal...

O penso permaneceu muito tempo colado a mim, impedindo as palavras de se soltarem como sangue e de se imprimirem no mapa onde se desenham vidas com um fio de tinta azul...

Durante o período curativo do penso a presença da música foi a tão querida morfina que me manteve cativa em catedrais onde todo o som se torna magnificiente... porém, desesperantes se tornavam os ecos que rebolavam nas paredes deste cérebro ancestral...

Fluxos vitais haviam sido reprimidos, apenas sons escapavam entre as lacunas abertas de propósito para que a ferida pudesse respirar calmamente...

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